Vazamento de petróleo

Caso Chevron: escândalo e ataque à soberania nacional

Petroleira causa acidente ambiental e desrespeita legislação. Caso traz à tona política entreguista do governo


Se dependesse da petroleira norte-americana Chevron era para ter passado despercebido. Mas o acidente ambiental, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, acabou sendo detectado no último dia 8 por funcionários da Petrobras. De lá para cá, o que tem se visto é uma série de mentiras, crimes ambientais e desrespeito à soberania nacional. Um escândalo.

O vazamento de petróleo no poço explorado pela Chevron ocorreu a 1.200 metros de profundidade no Campo do Frade, litoral do Rio. No dia 12, a empresa apresentou à Agência Nacional do Petróleo (ANP) um plano para acabar com o vazamento. Aprovado no dia seguinte, seria implementado a partir do dia 16. Pelo menos, foi isso que a petroleira disse à ANP.

Porém, foi descoberto que o plano dependia de um equipamento que só chegou dos Estados Unidos nesta segunda-feira, dia 21.

Como se não bastasse, imagens submarinas que a empresa forneceu ao governo para mostrar o fechamento do poço teriam sido editadas para iludir as mesmas autoridades. “Houve falsidade de informações”, disse o chefe da ANP, Haroldo Lima. “Isso é inaceitável”, afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Estima-se que cerca de 400 mil litros de petróleo já vazaram na Bacia de Campos. Porém, mais do que a irresponsabilidade e incompetência da petroleira, há a suspeita de ainda mais sujeira nessas águas. A própria ANP e a Polícia Federal, que já acompanha o caso, suspeitam que a multinacional tentou sugar petróleo do pré-sal, que não lhe pertencia.

Segundo o delegado da PF que cuida do caso, Fabio Scliar, é estranho que a Chevron tenha sondas capazes de buscar petróleo a 7km de profundidade, sendo que o poço em que houve o acidente era de 1,2km.

O pré-sal e a política entreguista do governo
O caso ilustra bem o risco da política entreguista do governo Dilma, bem como de seus antecessores, em relação a uma das principais riquezas nacionais, o petróleo.

Diante da descoberta nos últimos anos de uma das maiores jazidas de petróleo pré-sal do mundo, a política de Lula e Dilma, assim como foi de FHC, tem sido anunciar leilões e a entrega dos poços às grandes multis do setor.

Uma das desculpas é que a Petrobras não teria condições técnicas e recursos para fazer tudo sozinha. Mas a petroleira norte-americana precisou da ajuda e equipamentos da Petrobras para conter o vazamento.

O acidente mostra também o nível de comprometimento dessas multinacionais com o meio ambiente e a soberania do país. A suspeita de que a Chevron estaria tentando roubar petróleo do pré-sal é um escândalo.

A Chevron já foi multada ontem pelo Ibama em R$ 50 milhões, cifra que representa apenas 5,2% do faturamento diário da empresa em 2010 (US$ 542 milhões, o equivalente a R$ 960 milhões). As multas iniciais e pedidos de indenização chegam no máximo a R$ 250 milhões, quase nada para a Chevron, que fatura anualmente US$ 200 bilhões.

Portanto, fica claro que é preciso dar um basta à entrega do petróleo. É preciso garantir a reestatização do setor, com a garantia do monopólio estatal sobre a exploração do petróleo e uma Petrobras 100% estatal.


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